Você já se imaginou morando em um imóvel onde o espaço antes privativo pode ser separado e compartilhado com outras pessoas? Talvez essa informação remeta a lembrança da antiga república de estudantes ou aos velhos cortiços e você não está enganado, mas os tempos são outros e evoluiu para moradias modernas, compartilhadas e colaborativas, disponível a todos.
Estamos em 2021 e há algum tempo uma nova forma de alugar imóveis chegou ao mercado. São as moradias por aluguel, compartilhadas e colaborativas onde todos os moradores amigos ou não reúnem-se em um único espaço. Seja uma ampla casa ou um edifício, cada um tem o seu quarto equipado com banheiro próprio, as áreas sociais e de serviço são utilizadas por todos e cada um tem sua cota de colaboração. Um sistema para quem gosta de interagir.
Temos duas formas de moradia compartilhada:
Aquela em que um grupo de pessoas se reúne, aluga uma casa ou apartamento e divide todas as tarefas e despesas e de comum acordo determinam as regras de convivência, despesas privativas e comuns, que comentarei em outra publicação aqui neste site.
A moradia que você aluga por aplicativo com pagamento único de aluguel e vários serviços que você precisa a disposição no condomínio. Muito comum em São Paulo, são edifícios inteiros construídos ou reformados por um construtor, mobiliados e colocados em locação.
Como fica o aluguel nas moradias compartilhadas
👉Quando um grupo(ou não) aluga um imóvel e dividem as despesas, o aluguel é partilhado igualmente entre todos os que irão residir. Da mesma forma se divide as demais taxas de condomínio, IPTU, água, internet, energia, seguros e qualquer outra taxa referente ao contrato de locação. O ideal é que entre os moradores se faça um contrato não vinculado ao da locação do imóvel, mas que trará obrigações e direitos entre os usuários. O objetivo é prever desocupação antecipada, multa, e demais regras de convivência. A pessoa responsável no contrato de locação administra o pagamento direto ao locador/imobiliária e responde solidariamente. Temos aqui uma locação com sublocação autorizada.
👉Quando se trata de aluguel via aplicativo temos outro sistema. Prédios inteiros podem trabalhar com locação também conhecida como Coliving. A locação é rápida, via aplicativo ou site, tudo é resolvido através do mesmo e o locatário paga um aluguel único. Não há cobrança de IPTU, condomínio, internet, TV a cabo, seguro ou qualquer outra taxa referente a locação. O preço do aluguel varia em relação ao imóvel que será utilizado. O condomínio disponibiliza diversos serviços inclusos e outros que o locatário contrata em separado como, por exemplo, o uso da lavanderia e garagem. Dispensa dizer que esse sistema de locação tem aluguel mais caro, para um público jovem diferenciado que fica morando no imóvel o tempo que desejar. Sendo uma moradia voltada totalmente para o investimento, o locador cuida de tudo através de um administrador de todo o condomínio.
👉O aluguel continua seguindo a legislação do Plano Real em relação a ser reajustado a cada 12 meses de contrato. Os serviços contratados a parte são de livre reajuste.
Legislação vigente nas moradias compartilhadas
A legislação é a Lei do Inquilinato 8.245/91. É costume no Brasil pensar conforme as situações vão surgindo. Primeiro deixa acontecer e depois regula. Foi assim com a chegada dos carros particulares trabalhando como táxi e agora o mercado de locações compartilhadas onde a rigorosa lei do inquilinato atua. Por atender a um público jovem que frequentemente muda de cidade e com poder aquisitivo maior, não haverá tantos problemas como ocorrem na locação residencial para famílias. Mais uma vez estaremos no aguardo de decisões judiciais para regrar o que já deveria nascer regrado e que de uma forma, difere das locações residenciais familiares.
Concluindo, temos uma modernização da locação de imóveis residenciais para atender a um novo nicho do mercado imobiliário que são os jovens empreendedores e voltado principalmente para investidores em fundos imobiliários.
Olá Maria Ângela!
ResponderExcluirEstou com um problema no meu terreno, dividimos ele com minha tia, metade dela metade da minha mãe, eles usam o meu lado pra guardar os dois carros deles, só que eles deixam a minha cachorra fugir e não recolhem ela, ela quase foi atropelada! Eles falaram que iam deixar os carros pra fora (eles têm o portão deles, não cabe os carros, mas passagem eles têm), agora eles estão falando que se acontecer algo com os carros a responsabilidade é minha e da minha mãe, isso tá certo? Sendo que eles têm o próprio portão, e minha cachorra corre risco se eles deixarem o portão aberto.
Obrigada